Categoria de motores de 2 tempos para jovens pilotos foi a grande novidade do Brasileiro de 2022
Principal novidade do Grupo 2 da 57ª edição do Campeonato Brasileiro de Kart, a categoria Mini 2T estreou mostrando grande equilíbrio e teve total aprovação de pilotos e equipes, que participaram da competição no início do mês no Circuito Internacional Paladino, no Conde (PB).
Criada pelo empresário Ricardo Fávaro, da MotorBiz Marketing Esportivo, a categoria foi incorporada ao principal evento do kartismo nacional, organizado pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), com o intuito de apresentar os motores 2 tempos mais cedo para os pilotos (entre 9 e 11 anos), alinhado com o que é feito na Europa e proporcionando um aprendizado mais rápido.
A estreia foi tão positiva que a Mini 2T já está confirmada em todas as competições nacionais organizadas pela CBA em 2023: Campeonato Brasileiro de Kart, Copa Brasil de Kart e FIA Regional Cup.
“Desde o início, apoiamos a chegada da Mini 2T para atender o interesse de pilotos nesta faixa etária, que já queiram acelerar com motores 2 tempos ou tenham a intenção de se desenvolver para competir fora do Brasil. Mas, como disse desde o início, ela não elimina a categoria Cadete. Será apenas mais uma opção, com uma motorização diferente. O retorno no Paladino foi bastante positivo e, por isso, vamos dar sequência com a categoria no ano que vem”, declarou Rubens Carcasci, presidente da Comissão Nacional de Kart da CBA.
Oito kartistas participaram da Mini 2T no Paladino e as provas tiveram boas brigas e grande equilíbrio. Pilotos já experientes nos motores de 2 tempos como Lourenço Varela, Bernardo Leal e Daniel Rebouças travaram disputas acirradas com outros kartistas com pouca ou nenhuma vivência nesse tipo de equipamento, como Nicolas Guth, Marcelo Ferreira, Igor Maia, Pedro Montarroyos e Lucas Ferreira.
Ao final da disputa, a experiência de Varela prevaleceu e o catarinense tornou-se o primeiro Campeão Brasileiro da Mini 2T, seguido por Leal (Pernambuco), Rebouças (Rio Grande do Norte), Guth (Rio Grande do Sul), Maia (Maranhão), Lucas Ferreira (São Paulo), Montarroyos (Pernambuco) e Marcelo Ferreira (Paraíba).
Utilizando equipamentos sorteados pelos organizadores, garantindo assim o equilíbrio na disputa, os pilotos e equipes puderam trabalhar durante a semana e desenvolver o melhor acerto dos karts e regulagem dos carburadores ao longo dos treinos e corridas para, na grande final, atingir o melhor da performance.
Comparando as melhores voltas dos cinco pilotos mais rápidos na corrida final da Mini 2T, a diferença de tempo entre o kartista com a volta mais rápida e o com a quinta melhor volta foi de exatos 71 milésimos de segundo, a menor diferença anotada entre as 25 categorias que compuseram o Campeonato Brasileiro de Kart, nos dois grupos, quando feita a mesma comparação.
“Estamos muito felizes com o resultado em relação à equalização dos equipamentos e feedback dos participantes e CBA. Pilotos de todo o Brasil estão entrando em contato conosco, buscando informações e confirmando a participação na categoria em 2023”, comemorou Fávaro.
“Nas últimas duas décadas, a grande maioria dos jovens pilotos brasileiros foi formada com base nos motores de 4 tempos. Desenvolvemos a Mini 2T com um equipamento nacional, com custo baixo, manutenção simples e performance alinhada com o equipamento usado na Europa. Nossa intenção é atender a uma parcela destes pilotos que pretende seguir carreira nos karts de 2 tempos, no Brasil, Estados Unidos ou Europa”, lembrou Fávaro.
O motor utilizado na Mini 2T é da fabricante KTT Karts, sediada em Itu, no interior paulista. É baseado no motor KPS15 da marca, com diversas modificações para redução da potência para cerca de 12cv. As principais modificações foram a substituição do cilindro e cabeçote, antes refrigerados a água, por um refrigerado a ar, eliminando todo o sistema de refrigeração, composto por radiador, bomba d´água e mangueiras. Além disso, configurações internas e um escapamento dimensionado são os responsáveis pelo ajuste de potência.
“Conversamos frequentemente com parceiros na Europa e coletamos dados das corridas da categoria que nos inspira, a 60 MINI europeia. Com informações sobre velocidades máximas, tempos de voltas e diferenças de tempo entre a 60 MINI e a OK Junior, calibramos nosso motor para ser o mais próximo possível do equipamento deles”, lembrou Fávaro.
Os calendários oficiais das competições de kart da CBA serão divulgados em breve, com datas, praças e formatos.
O 57º Campeonato Brasileiro de Kart conta com o patrocínio do Banco BRB e MG Tires.
Fonte: Comunicação CBA